“Falta 1 jogo para a pausa, uma decisão contra o Vasco, no Morumbi, sem promoção de ingresso ou qualquer iniciativa que dê ao duelo a importância que merece.”
Premonitório desfecho do texto #64, relato do duelo contra o Bahia, em 31 de maio.
Doze dias depois, a desmobilização fora de campo se refletiu no olé do time de Diniz aos comandados por Zubeldía. Foi um baile - com placar até modesto.
O solitário gol de Ryan Francisco, no último lance, só agrava a terrível noite do técnico argentino. Expõe a teimosia pela insistência no mapeado esquema com pontas, que, entre outras consequências, mina a utilização do jovem e eficiente centroavante, relegado a raros minutos.
Com exceção dos momentos iniciais, nos quais o São Paulo conseguiu exercer certa pressão à defesa vascaína e criou alguma coisa, o que se viu foi um vareio.
E nem é possível alegar desconhecimento sobre o comandante adversário, famoso pelo sistema com marcação alta, superioridade numérica próxima da bola, entre outros conceitos do futebol atual.
Inadmissível e injustificável que Zubeldía tenha levado à campo uma estratégia já manjada, sem oferecer algo novo com o tempo de treinamento que teve. Dessa vez, nem a desculpa dos desfalques cola. Há que se dizer que o treinador assumiu a culpa novamente, em brevíssima coletiva pós-jogo.
Agora, o Z-4 é logo ali, uma questão de tempo.
A tabela mostra Flamengo (fora), Bragantino (fora), Corinthians (casa) e Juventude (fora). Improvável e surpreendente se escaparmos de ingressar no grupo dos piores do campeonato já na próxima rodada.
Demitir ou não demitir, eis a questão shakespeariana.
Com a palavra - e a decisão -, Casares e diretoria de futebol.
A pausa coloca o foco, a pressão e muitas perguntas aos donos da caneta e das decisões.
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E agora, Julio? Sem opções no mercado, sem dinheiro para trocar uma comissão técnica “barata”, sem anuência do elenco para demitir (ao contrário). Por ora, esses são os motivos pela manutenção de Zubeldía. Agora, presidente e Cia. terão convicção, coragem e autoridade para bancarem a escolha? Tão improvável quanto o São Paulo escapar do Z-4 no retorno aos gramados.
33.3%. Doze partidas, 2 vitórias, 6 empates e 4 derrotas, com 12 pontos somados. Eis o péssimo retrospecto no Brasileirão. Nos últimos 17 jogos pelo campeonato, apenas as 2 vitórias deste ano, contra Santos e Grêmio. O quadro é muito semelhante aos anos em que o clube lutou contra a série B.
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