#61 | Oscar rege classificação no Recife
Camisa 8 lidera vitória por 2 a 1 sobre o Náutico
Além da qualidade de passe e da inteligência, parece potencializar o futebol tendo a visão geral do campo diante dos olhos.
Passe, inteligência, visão de jogo.
Ao pacote técnico já conhecido, acrescente o surpreendente e diligente “trabalho sujo”: 5 desarmes, 10 ações defensivas, 8 de 13 duelos ganhos no chão.
Como um regente experimentado, Oscar colocou o difícil confronto nos Aflitos na palma da mão. Acelerou, cadenciou, prendeu, soltou, fluiu, pausou. Um controle do espaço-tempo como poucos sabem fazer.
Atuação de cartilha de um jogador que parece materializar o seu perdão pela bola. Em silêncio, constrói o pedido de desculpa ao seu feitio, através de atuações como as de terça-feira. Que assim seja.
Na terra de João Cabral de Melo Neto - um apaixonado pelo futebol, campeão no juvenil do Santinha e torcedor do modesto América -, Oscar impôs com seu jogo o ritmo do chumbo, e o peso da lesma, da câmara lenta - com perdão à paródia do poema dedicado ao incomparável Ademir da Guia.
O nome da vitória por 2 a 1, que classificou o São Paulo às oitavas-de-final da Copa do Brasil.
Faltam 4 jogos para a pausa, com foco total no Brasileirão.
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Luciano, 92. Com assistência de Oscar, em mais uma bola parada bem-sucedida (duas em dois jogos seguidos!), o camisa 10 chegou ao 92º gol pelo São Paulo, em noite também inspirada. A marca centenária do “Rei da Copa do Brasil” se aproxima.
Enzo. Mesmo com o risco de me repetir, impossível deixar de exaltar mais uma atuação de gladiador do lateral-esquerdo, com direito a participação com passe no segundo gol, de Rodriguinho. O argentino lidera o ranking de desarmes no ano, com inacreditáveis 78, 28 à frente de Ferraresi, o segundo no quesito. Bravíssimo.
Ferraresi. Erro infantil e injustificável do zagueiro-lateral, apenas dois minutos depois da expulsão de Marquinhos, do Náutico. Pediu desculpas pela besteira, que poderia ter complicado um jogo já muito duro, por todas as condições (chuva, gramado pesado, estádio acanhado, pressão…).
Alan, 100. O zagueiro chegou ao centésimo jogo pelo Clube da Fé, mantendo invencibilidade dentro do torneio nacional após 8 partidas. Cada dia mais fundamental. Alô, Casares e Cia.: abram o olho e renovem logo com ele!