Derivada da palavra "koty", que no idioma m’byã (guarani) significa “ponto de encontro”, Cotia é a encruzilhada.
É o lugar em que nos encontramos, em amplo sentido, em todos os sentidos.
Nossa natureza, nosso porto seguro, eixo e alma.
Ampulheta e bússola, linha do tempo e rosa dos ventos.
No fim de semana em que completou 95 anos de vida, o São Paulo Futebol Clube se olhou no espelho, que sorriu de volta.
No retrovisor, "as tuas glórias vêm do passado".
Na projeção do horizonte, um trem bala para o amanhã, com o carimbo "Made in Cotia".
No sábado, a épica virada dos meninos de Allan Barcellos sobre o Corinthians coroou irrepreensível campanha que culminou no quinto título da Copinha na História.
No domingo, Lucas & Oscar, frutos da primeira geração do CFA Laudo Natel, lideraram a exuberante e contundente vitória sobre os mesmos rivais de Parque São Jorge.
Diante do espelho, nos enxergamos e nos encontramos, em conexão entre passado, presente e futuro, ídolos de antes e promessas do depois, veteranos e meninos do agora.
Cotia é a afirmação de uma identidade e a esperança de uma torcida.
É preciso entender o que temos, o que somos, o que podemos ser.
Proteger, abraçar, cuidar.
Cotia é ponto de encontro.
Cotia é o São Paulo Futebol Clube.
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No Pacaembu…
Símbolo. Se Ryan Francisco, Ferreira, Alves, Lucca e Hugo foram os destaques técnicos, Maik foi o símbolo de superação, identificação, entrega, luta e abnegação. Um exemplo de que times campeões são um amálgama de talento e coração. Gigante.
Capitão. Alçado aos profissionais em meados de 2023 por Dorival Júnior, Negrucci deu dois passos atrás, retornou ao sub-20, capitaneou o time e ergueu a taça. Atuação de almanaque na decisão.
Craque. 8 jogos, 10 gols, 1 assistência, 68 minutos para marcar gol, 30 finalizações (16 no gol), 3.75 finalizações para marcar gol. Decisivo, frio, artilheiro, craque, Ryan Francisco pede passagem. Brilha, menino.
Comandante. 9 jogos, 8 vitórias e 1 empate, com 24 gols marcados e apenas 5 sofridos. A campanha invicta na Copinha é somente um recorte do impressionante retrospecto de Allan Barcellos à frente do sub-20 tricolor. Além dos números, o treinador demonstra coragem como traço inegociável na maneira de dirigir.
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No Morumbi…
Toco y me voy… Do toque inicial de Enzo até o chute de Luciano para desvio da zaga corintiana, 1min25s de rotação da bola, com envolvimento dos 11 jogadores e mais de 30 passes trocados. Na sequência, o salto de puma de Lucas em escanteio açucarado de Oscar para o primeiro gol. Aula da equipe de Zubeldía.
O gol, no espetacular vídeo de @paulistao + @gutierrefilmes + @saopaulofc:
Blitz. Pressão total na defesa do rival, Calleri e Luciano roubam a bola de Carrillo, e o camisa 10 rola para Oscar chapar com elegância. No primeiro gol pelo São Paulo, em Morumbi encharcado de alegria, o meia se joga no gramado, em celebração para soltar em alívio o sufoco do peito. Atuação de fraque de um indiscutível e raro talento, em primeiro passo para um gesto de perdão.
🎥 JP Drone + Gutierre Filmes
Quarteto. Luciano, Oscar, Lucas, Calleri, Lucas = Golaço! Os 4 da frente se conectaram o tempo inteiro no jogo, dando mostras de que o esquema é possível, ainda que com boa dose de sacrifício de volantes, zagueiros e laterais. A química começa a acontecer.
🎥 JP Drone + Gutierre Filmes
Rafael! Novamente, um milagre monumental do goleiro que é uma enormidade em jogos grandes. Para ver e desacreditar. Gigante Rafael!
“Pablisson”. Um completa o outro - e vice-versa. Dupla que já entrou na História, para aproveitar e desfrutar ao máximo. Fundamentais, pilares do time.
Arboleda & Alan Franco. Outro dueto que se complementa, mistura perfeita de malandragem, seriedade, garra e muito, mas muito futebol. Zagueiros com o selo Jorge Ben de qualidade.
“Arrepia, zagueiro
Zagueiro
Limpa a área, zagueiro”