#47 | Rafael garante empate na marra
Apesar da arbitragem, São Paulo arranca ponto valioso em BH
Três intervenções monstruosas e decisivas.
Aos 20 minutos do segundo tempo, espalmada ligeira em petardo de Scarpa no ângulo.
Aos 41, três minutos após a discutível expulsão de Calleri, uma monumental defesa em cabeçada de Lyanco, na pequena área!
Já nos estertores, o camisa 23 desviou com destreza a testada à queima-roupa de Júnior Santos.
Mais uma vez, uma atuação da prateleira dos grandes goleiros de nossa História.
Rafael foi o melhor em campo em um duelo duríssimo, marcado novamente pela péssima arbitragem.
Caseiro, como de hábito, Ramon Abatti Abel se acovardou ao manter Lyanco em campo, depois de falta do ex-são-paulino em Ferraresi, punível com o cartão amarelo sem mais discussões.
Seria o segundo do zagueiro, que distribuiu botinadas sem sentido ao longo do jogo, e acabou expulso somente aos 54 da etapa final. Um escárnio.
A omissão do árbitro no último lance do primeiro tempo despertou em Zubeldía a peculiar, compreensível, porém, desmedida revolta, o que causou nova expulsão do argentino.
Ainda que prejudique o time, por óbvio, sobretudo por sua ausência à beira do campo na partida contra o Cruzeiro, na próxima rodada, a reação do técnico mostra brios e caráter na defesa quase solitária do clube.
“Não me interessa que eu saia na televisão ou nas redes sociais sendo expulso, pois vou fazer isso para defender o São Paulo sempre. Uma e mil vezes”, disse, na coletiva.
Já o presidente preferiu fingir que nada aconteceu, em post protocolar e frouxo. Risível e lamentável.
Um ponto valioso, merecido, conquistado na marra, com bom desempenho técnico coletivo e individual de uma equipe nitidamente bem treinada, que sabe se portar com solidez, competitividade e raça diante de qualquer adversário.
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Marcos Antônio. Das várias boas notícias do empate sem gols, o volante foi a principal. Seguro na defesa, dinâmico no ataque, o pequenino meio-campista teve a melhor atuação com a camisa do São Paulo. Na ausência de Oscar, será fundamental.
Alisson. Presença cativa neste espaço, o “todo-campista” desfilou técnica, leitura tática e onipresença em seu jogo número 150 com a camisa vermelha, branca e preta. O passe açucarado para Ferreira foi coisa de cinema.
Ferraresi e o triunvirato latino. O venezuelano temperou o dueto entre Arboleda e Alan Franco para formar uma trinca sul-americana de respeito. Inteligência, picardia e seriedade do zagueiro-lateral.
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Força, Luiz Gustavo. Desejamos pronta e total recuperação ao camisa 16, diagnosticado com quadro de embolia pulmonar. Que tenha sido somente um susto, e Luiz Gustavo volte pra casa o mais rápido possível, com saúde redobrada. “Estamos com ele”, como disse Zubeldía.
Luis Gustavo é um ser humano especial. Além de grande jogador, um enorme caráter. Merece todo o apoio possível!