#18 | Com a marca do centroavante, uma reação insuficiente
André Silva ajuda o time em mais um empate frustrante no Morumbi
A bola está no pé de Lucas, na intermediária direita do ataque tricolor.
Alguns passos além da grande área, três defensores do Atlético-MG estão alinhados, como uma zaga de pebolim, para resguardar a meta de Everson.
Atrás do terceiro atleticano, quase na meia-lua, o centroavante aguarda movimento do camisa 7, já sinalizando o que o companheiro deve fazer.
André Silva ergue o braço, apontando onde a bola deve chegar, faz menção de ir à frente do último marcador, mas recua.
Lucas dá tacada de sinuca, sublime, perfeita.
A pelota percorre linha reta rente ao gramado, passa pelos três adversários, e chega ao destino certo: a chapa do pé esquerdo do centroavante.
Sétimo gol do camisa 17 em 27 jogos no Brasileirão 2024, peça fundamental na parte final da temporada.
Mais uma jornada irregular da equipe, que tomou 2 a 0 em 18 minutos, mas teve valentia para empatar, ainda no primeiro tempo.
Um 2 a 2 frustrante para a perseguição ao Internacional, agora com 6 pontos de frente, e para a briga pela vaga direta à fase de grupos da Libertadores-2025.
Resta a notícia positiva pela classificação ao torneio continental que conhecemos bem.
Olhos, corações e esperanças do Clube da Fé se voltam ao dia 30, próximo sábado, quando o mesmo Atlético-MG e o Botafogo disputam a taça mais desejada da América do Sul. O título inédito da Estrela Solitária coloca o São Paulo entre os 32 de “La Copa”.
A ver…
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Regularidade. 6º colocado na classificação geral, 6º do turno, 6º do returno, 6º melhor visitante, 5º melhor ataque, 5ª melhor defesa. Linear como a assistência de Lucas no sábado. Assim é o São Paulo de Zubeldía nesse Campeonato Brasileiro. A exceção é a 2ª melhor campanha como mandante, atrás do invicto Fortaleza.
De novo, Lucas. Mais uma vez, o craque carregou o time em outra reação. Pode ser acusado de tudo, menos de omissão, luta, garra, sangue, suor e lágrimas. Lucas merece e honra a camisa que veste e a faixa que empunha no braço. Símbolo são-paulino.
Boletim final. Besta ou bestial, o comandante argentino que aportou em abril no Morumbi divide a torcida em facções de apaixonados defensores e obstinados detratores. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, diz o ditado. O balanço deste escriba sai depois do último apito da temporada.
Faltam 3 jogos.