#12 | A muralha e o maestro
Rafael intransponível e Luiz Gustavo regente garantem vitória em Salvador
47 minutos do primeiro tempo. A casquinha de cabeça de Luciano Juba endereça a bola no cantinho direito rasteiro da meta são-paulina. Um gol certo.
Na contramão do próprio movimento, Rafael usa explosão, força e antevisão para barrar o empate do Bahia, em momento crucial. Defesa gigante.
9 minutos da etapa final. O golpe seco e certeiro da cabeça de Gabriel Xavier vai rasante, de novo no canto direito baixo da baliza do tricolor paulista. Mais um gol iminente.
Com agilidade e reflexo de felino, o arqueiro estica o braço para, uma vez mais, impedir o empate baiano. Defesaça de 3 pontos.
Na noite em que reencontrou o responsável por sua chegada ao Clube da Fé, Rafael teve jornada de Rogério Ceni, com duas defesas-artilheiras, aquelas que contam como gols.
Aos que ainda duvidam, é preciso reafirmar: habemus goleiro, sim senhor!
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Fraque. Luiz Gustavo ditou pulso e tom do time. Um regente dominante do meio-campo, coroado com o primeiro gol, homenagem ao pai. No gran finale, um primoroso passe longo da armação do contragolpe fatal no terceiro gol, de Lucas. Bravíssimo, maestro.
Trio de brio. Bote e roubada de Calleri, trama de Lucas, insistência de Luciano, gol de Wellington Rato. O 2 a 0 tranquilizador, aos 20 minutos do 2º tempo, é resultado do esforço do trio, brilhantemente definido pela narração de Isabelly Morais no SporTV como uma “conjuntura de companheirismos”. Atuação longe de ser fulgurante - sobretudo o centroavante -, mas que reforça a enorme relevância da santíssima trindade na estrutura de Zubeldía.
Comunhão. O banco todo vai celebrar o fim do jejum de Rato. Bobadilla recebe abraço fraterno do “rival” Marcos Antônio. O miúdo volante, novamente titular ontem, vibra o gol de Lucas com o treinador. A coesão elenco-técnico é evidente.
Desempenhos. Sexto colocado como visitante, quarto lugar como mandante. O notável trabalho conduzido por Luis Francisco Zubeldía é irrefutável.
Faltam 6 jogos.